A história dos primeiros viticultores italianos narrada por um velho morador de São Roque:
Os primeiros italianos que se estabeleceram em São Roque, foram aqueles que acompanharam o Sr. Enrico Dell’acqua, que implantou a primeira fábrica de tecidos. hoje a grande Brasital S/A.
Entre outros, lembro os Srs: F. Tagliasacchi, Bonini, Revíglio, Caproni, Rizzo, Capuzzo, Perroni, Giudica, Collo, Rigolim, Rampini. Girardello, Verani, Salvetti. etc. A maior parte destes, vindos de Biella em Piemonte, Itália, pátria do Sr. Enrico Dell’acqua e da cidade de Lucca em Toscana.
Com o passar do tempo alguns deles tendo comprado seu pedaço de terra, iniciaram a plantação de videiras, e de quase tôdas as variedades: Niagara e Isabel, adquiridas do ilustre viticultor Sr. F. Maren-
go, e assim também principiaram a fazer um pouco de vinho para uso caseiro, como estavam acostumados na Itália.
Em 1923, veio da Itália o sr. Dr. Antonio Maria Picena, que sendo de Canelli (cidade da região
de Piemonte) se encontrou com seu conterrâneo, Sr. Aldo Pennone, que já se havia estabelecido em São Paulo, com importação e engarrafamento dos famosos vinhos daquela região. especialmente da Casa Pio Pennone, de quem descendia. O Dr. Picena, ao chegar trazia uma carta de recomendações da mãe do Snr. Pennone, na qual aquela dama solicitava a proteção para o enólogo por se tratar de um bom rapaz. Depois de ter Iido a carta da querida mãe, e ter abraçado o novo amigo, o Sr. Pennone. perguntou-lhe o que podia fazer para ajudá lo.
O Dr. Picena que era Eng. Agronomo e Enólogo de maneira que seu sonho era ter terra para fazer plantações e eventualmente fabricar vinho. Mas naquele tempo o vinho nacional não era ainda muito procurado, pois chegava vinho da Italia, de Portugal, da França. etc… a preçó rr ro de oitocentos réis a garrafa, mais ou menos Em São Roque, o Sr. Tagliassachi e outros importavam vinhos como: Barbera, Brachetto, Freisa, Grignolino, da Casa Pennone, e Gattinara do Sr F. Amcso. de modo que o vinho nacional era quase que exclusivamente para a família que o fabricava.
O Dr. Picena, procurou em diversos sítios, um terreno onde o clima e a terra fossem próprios para à plantação do vinhedo, escolhendo, depois de algum tempo, um em Mailasqui, hoje Chácara. e que foi então adquirido pelo Sr. Pennone para que fosse o mesmo cultivado pelo Dr. Picena, atestando sua capacidade.
Para se obter lucros nas plantações era necessário bastante tempo. e vendo depois de alguns anos que estes não correspondiam com o seu trabalho, o Dr. Picena procurou outro serviço. talvez mais rendoso. Ficando o Snr. Pennone só com êste terreno, resolveu formar verdadeiramente uma plantação da vinha mandando fazer valetas de um metro por um metro, pagando naquele tempo quinhentos réis o metro, ao que muitos diziam que O Snr. Pennone estava louco em por ter gastado todo aquele dinheiro, pois a vinha podia ser plantada com uma pequena cova, ou talvez com uma simples alavanca de ferro. O fato porém foi que depois de algum tempo todos plantavam vinha com valetas.
Para controlar os trabalhos em sua chácara, o Sr. Pennone deixava aos sábados o seu serviço em S. Paulo e ia a Mailasqui, ocasião em que aproveitava para trazer alguns amigos, onde passavam o domingo muitas vêzes jogando o famoso jôgo de Boccia. Entre os amigos que mais o acompanhavam, citamos o Cav. Giovanni Rosso, Eng. Genta, Eng. Rabioglio e outros, os quais
depois da partida ao ar livre, almoçavam juntos apreciando o clima maravilhoso do lugar. Não passou muito tempo e eis que Cav. Rosso, conhecido enólogo da Cinzano, quis comprar também uma chácara em Mailasqui, para fazer uma plantação de vinha, o que todos os outros proprietários de terras já faziam. A firma Cinzano, tendio conhecimento da compra da chácara por parte Cav. Rosso, quis que êste SR. a cedesce à firma ao que concordou com prazer. Assim também a Cinzano 5/A. veo a Mailasqui.
Durante ésse tempo o Dr. Picena, voltou a S. Roque, formando a Cooperativa Vinícola, que associou quase todos os Viticultores da região, dando também o Dr. Picena, aulas de agronomia e enologia a todos os novos viticultores. A Cooperativa Vinícola de São Roque, depois de alguns anso passou para Casa Minetti, sempre sob a gerência do Dr. Picena e mais tarde passou para Casa Figueiredo, e agora para outra grande casa mundial: Gancia & Cia,, também da cidade de Canelli de onde vieram os Srs. Pennone e Picena.
Além dos vinhos de mesa, que pouco. à pouco iam melhorando em qualidade, o Sr. Pennone começou a produzir OS Vermouths. E para fazê-los conhecidos, mandou construir um prédio perto da estrada de rodagem, para expor os seus artigos, para venda ao varejo. Quase pronto o lugar, o Sr. Pennone ficou doente, e estando ainda seus filhos estudando, viu-se obrigado a arrendar sua chácara e adegas, para a firma Stock do Brasil, por diversos anos. Com isto, o prédio para a exposição. nã” tinha mais a finalidade de existir e o Sr. Pennone o transformou em Restaurante que o dencminou de Pare-cá “Parque Recreio Canelli” a Suissa Paulista.
Nos primeiros dias, para chamar atenção publicou nos jornais de São Paulo o cardápio de Domingo, com especialidades em pratos Piemonteses, que entre os quais mencionava: Bagnacalda, Fonduta etc.
Todos cs Piemonteses de São Paulo, acorriam a Mailasqui, no Pare-cá, transformando o prazeiroso sítio em rumorosas e alegres reuniões. Os visitantes achando o clima salubérrimo, a uma altitude de mil metros, principiaram a comprar pequenos pedaços de terra, e construir Iindas vivendas, como os Srs.: Silvio Pennone, Terraccini, Brunetto, Eng. Garroni, Carrara, Cav. Rosso, Casablanca, Ferraris, Pardini, Corazza, Cosentino, Foratini, Campaner, Venacio, Puntel, Hotel Mailasqui, Primo Negro, Pauli e muitos outros, formando assim uma forte colonia italiana, e valorizando muito a região e ensejando a formação de uma nova e próspera economia — a viti-vinícola de São Roque.
Fonte: Documentário Ilustrado – 3º CENTENÁRIO DE SÃO ROQUE

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